Vivenciamos uma crise global no custo de vida, e os residentes das grandes cidades estão sentindo o peso dessa realidade. O Índice Mundial de Custo de Vida, publicado pela Economist Intelligence Unit (EIU), revela um aumento médio de 7,4% no custo de vida este ano, com destaque para um aumento mais acentuado nos preços dos alimentos.
Apesar de o aumento ser levemente inferior ao registrado em 2022 – 8,1% – os números ainda são significativamente altos se comparado às tendências históricas. Assim como os preços dos alimentos, que continuam a subir e impactam diretamente os consumidores, uma vez que os varejistas repassam custos mais elevados.
Entretanto, nem todas as notícias são ruins, uma vez que o aumento dos preços dos serviços públicos está desacelerando e apresenta uma menor inflação. A baixa no custo ocorre devido à melhoria na cadeia de abastecimento após o levantamento das restrições da Covid-19 pela China, no final de 2022.
Upasana Dutt, Chefe do Custo de Vida Mundial da EIU, prevê uma desaceleração da inflação em 2024, de forma que o impacto dos aumentos das taxas de juros afete a atividade econômica e a demanda do consumidor. No entanto, ela alerta os riscos potenciais, como conflitos armados e condições climáticas extremas.
No ranking das cidades mais afetadas pelo aumento do custo de vida, Singapura e Zurique lideram a lista empatadas. Zurique, em particular, subiu do sexto lugar no ano passado, devido à força do franco suíço e aos altos preços de alimentos, bens domésticos e lazer. Já Nova York, que estava empatada com Singapura no ano passado, caiu para o terceiro lugar, empatando com Genebra.
Outras cidades notáveis são Hong Kong em quinto lugar, Los Angeles em sexto, Paris em sétimo, Tel Aviv e Copenhague empatados em oitavo, e São Francisco em décimo.
Além disso, cidades russas como Moscou e São Petersburgo registram quedas significativas no ranking, saindo da posição 105 para 142 e da 74 para 147, respectivamente. Isso aconteceu por conta da desvalorização do rublo russo, desde a invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A pesquisa também aponta cidades chinesas, como Pequim, caindo vários lugares na lista por conta da lenta recuperação pós pandemia e a “demanda moderada do consumidor”. Já Damasco, na Síria, permanece como a cidade mais barata do mundo, seguida por Teerã, no Irã, e Trípoli, na Líbia.
Ainda vale mencionar Caracas, capital da Venezuela, que foi excluída da lista da Economist Intelligence Unit, onde os preços aumentaram cerca de 450% desde 2022.
Fonte: Casa Vogue.