Um ataque de pânico costuma ser uma experiência traumatizante para quem o vive. Ele pode ser esperado (após um assalto, por exemplo) ou inesperado (acontece sem um gatilho), segundo o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição).

O guia psiquiátrico lista 13 sintomas, a grande maioria físicos, sendo que uma pessoa é diagnosticada com essa condição se apresentar quatro ou mais durante um episódio.

São eles: palpitações, coração acelerado ou taquicardia; sudorese; tremores ou abalos; sensações de falta de ar ou sufocamento; sensações de asfixia; dor ou desconforto torácico; náusea ou desconforto abdominal; sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; calafrios ou ondas de calor; parestesias (anestesia ou sensações de formigamento); desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo); medo de perder o controle ou “enlouquecer”; medo de morrer.

Especialistas costumam comparar o ataque de pânico inesperado a um alarme de carro que dispara acidentalmente, sem que tenha havido uma tentativa de arrombamento. Isso ocorre porque nesse momento é ativado um sistema primitivo do corpo, de luta e fuga, que precisa existir para que possamos reagir a uma ameaça.

Mas por que esses sintomas físicos do ataque de pânico são tão assustadores a ponto de fazer a pessoa acreditar que realmente está sofrendo um infarto, por exemplo? Entenda a seguir:

Taquicardia
O coração acelerado (taquicardia) nessas crises ocorre devido a uma resposta do sistema nervoso autônomo, especificamente o sistema simpático, responsável pela “luta ou fuga”. Durante um ataque de pânico, o corpo percebe uma ameaça, mesmo que não haja uma ameaça real presente. Isso desencadeia a liberação de hormônios do estresse, como a adrenalina, noradrenalina e cortisol.

Respiração acelerada
Esse é um dos sintomas que mais confundem as pessoas em uma crise de pânico. A adrenalina dilata as vias aéreas e provoca uma respiração mais rápida e profunda. O “excesso” de oxigênio nos pulmões faz muita gente pensar que está com falta de ar e, instintivamente, manter a respiração acelerada. O ideal é fazer justamente o oposto: soltar o ar e respirar devagar.

“Bolo na garganta”
O mecanismo que faz com que muitos indivíduos em uma crise de pânico sintam algo preso em sua garganta é o mesmo mencionado anteriormente e envolve a hiperventilação, a tensão muscular e a hipersensibilidade às sensações corporais.

Dor no peito e tontura
Outro sinal traiçoeiro da crise de pânico é a dor no peito. Mas há explicações para isso. A hiperventilação (respiração acelerada) pode desequilibrar os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue, levando a sintomas como tontura e aperto no peito. Já a tensão muscular pode contribuir para que a pessoa tenha essa sensação.

Formigamento
A queda nos níveis de dióxido de carbono (hipocapnia) no sangue, provocada pela respiração acelerada, pode afetar o funcionamento dos nervos periféricos, causando sensações anormais, como formigamentos, especialmente nas extremidades, como mãos e pés. Com a diminuição do nível de dióxido de carbono no sangue, também pode ocorrer um aumento do pH do sangue, tornando-o mais alcalino (alcalose respiratória), cujos efeitos incluem formigamentos, tontura, hiperventilação, palpitações e, em casos graves, convulsões e confusão mental.

Problemas gastrointestinais
Algumas pessoas podem ter enjoo, diarreia e outros sintomas gastrintestinais durante um ataque de pânico. Isso ocorre, novamente, pela ativação do sistema nervoso autônomo, que desvia o fluxo sanguíneo dos órgãos digestivos para os músculos e órgãos envolvidos na resposta de “luta ou fuga”. Também podem haver episódios de azia, constipação e desconforto abdominal.Todos esses sintomas são temporários e geralmente não indicam problemas médicos graves, mas são uma manifestação das respostas físicas ao estresse e à ansiedade. O tratamento e o gerenciamento adequado da crise de pânico, juntamente com estratégias de redução do estresse, podem ajudar a minimizá-los. Se os ataques forem recorrentes, é fundamental buscar ajuda profissional, de um psiquiatra ou psicólogo

Ondas de calor ou calafrios
Durante uma crise de pânico, podem ocorrer dilatação dos vasos sanguíneos periféricos, sudorese, aumento na frequência cardíaca e respiração rápida. Essas respostas podem causar sensações de calor ou ondas de calor, bem como calafrios, à medida que o corpo reage exageradamente ao estresse e à ansiedade.

Todos esses sintomas são temporários e geralmente não indicam problemas médicos graves, mas são uma manifestação das respostas físicas ao estresse e à ansiedade. O tratamento e o gerenciamento adequado da crise de pânico, juntamente com estratégias de redução do estresse, podem ajudar a minimizá-los. Se os ataques forem recorrentes, é fundamental buscar ajuda profissional, de um psiquiatra ou psicólogo.

Fonte: R7