Em sua adolescência, Amy Winehouse já sabia que era diferente e reconhecia seu temperamento forte. É o que mostra trechos do diário da cantora divulgados pelos seus pai ao jornal britânico The Telegraph.
As reflexões expostas por Mitch e Janis Winehouse, um mês antes da data em que Amy completaria 40 anos, abordam temas como amor e identidade.
“Estou feliz por ser diferente. Não é como se eu quisesse ser como todo mundo. Eu amo ter meu próprio estilo individual. Eu amo falar alto e falar mal das pessoas. É assim que eu sou”, escreveu. A cantora morreu em 2011, em Londres, por intoxicação alcóolica.
Diversas vezes ela discorreu sobre conhecer alguém e o seu gosto por rapazes. “Às vezes eu penso, eu me pergunto se há alguém. Algum cara por aí que é tão louco quanto eu? Um cara legal de cabelo escuro, que usa óculos para ler e é um verdadeiro garoto indie? Piercings opcionais, sotaque escocês ou irlandês, de preferência”.
Como uma adolescente, Amy demonstrou querer encontrar logo algum companheiro. “Será que o amor vai cruzar meu caminho ou estou destinada a sair com metaleiros ou caras lindos sem cérebro (coisa que eu desprezo)?”
Nos trechos, a cantora também reconheceu seus acessos de raiva. “Eu odeio meu temperamento. Às vezes isso me corrói tanto que fico fisicamente violenta com aqueles que amo. Por mais que eu diga que sinto muito, é algo que eles nunca podem esquecer”.
As frases divulgadas estarão no novo livro “Amy Winehouse: In her words” — algo como Amy em suas próprias palavras –, que será lançado na Inglaterra no final de agosto. No ano passado, Tyler James, tido como melhor amigo de infância da artista, lançou o livro “Minha Amy”, em que desconstrói a imagem de viciada incorrigível propagada na mídia.