A exposição “Acervos históricos e artísticos com acessibilidade: tecnologias, conceitos e métodos”, da historiadora Cristine Tedesco, com curadoria de Micael Biasin, abre ao público na próxima sexta-feira, 19 de maio, às 19h, no Museu do Imigrante de Bento Gonçalves, com entrada gratuita. A mostra fica aberta até o dia 19 de junho.
A exposição apresenta objetos históricos, obras de arte, fotografias, documentos, livros, bens patrimoniais bidimensionais e tridimensionais, higienizados e submetidos às técnicas de preservação e conservação ao longo de 10 oficinas, com 50 horas de duração, desenvolvidas entre março e abril de 2023, no Museu do Imigrante. As oficinas foram frequentadas por 10 pessoas de Bento Gonçalves, Farroupilha e Caxias do Sul.
Uma das maiores preocupações da exposição é a acessibilidade. Nesse sentido, a mostra conta com audiodescrição de boa parte dos materiais apresentados, oferecendo acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência visual por meio de QR code no percurso expositivo. Além disso, o texto de curadoria possui transcrição em sistema Braille.
Também faz parte da ação, um documentário de 30 minutos de duração, com as principais
discussões das oficinas, destacando as orientações sobre higienização e acondicionamento de acervos históricos e artísticos. O documentário conta com legendas e tradução em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), tornando o conteúdo acessível às pessoas com deficiência auditiva, permanecendo disponível ao público após o encerramento da mostra no YouTube do Museu do Imigrante e da proponente do projeto, Cristine Tedesco.
Visando ampliar ainda mais a acessibilidade do conteúdo, a exposição contará com um catálogo digital, com textos que discutem tecnologias, conceitos e métodos para preservação e conservação de bens culturais e patrimoniais de acervos públicos e privados. O catálogo também apresenta as peças higienizadas nas oficinas do projeto e diretrizes para percursos expositivos com acessibilidade, incluindo os links de acesso às audiodescrições dos itens.
A equipe principal do projeto contou com as historiadoras Cristine Tedesco e Sabrina de Lima Greselle, os conservadores-restauradores Juliane Cescon e Fernando Pozzer, o agente cultural Sandro Giordani, a designer Thais Macedo e o curador Micael Biasin. O projeto ainda oportunizou a contratação de distintos profissionais para a equipe técnica, como
a tradutora de LIBRAS Grasiele Pavan, o casal filmaker Mateus Foletto e Paula Sandrin, além da audiodescritora Ana Ferreira, com colaboração de Juliana Peixoto, que realizou a transcrição em Braille do texto de apresentação da exposição.
O projeto tem o financiamento do Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves, com apoio de Ártemis – História, Arte e Cultura, Museu do Imigrante de Bento Gonçalves.