Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Mafaltti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, entre outros nomes da Literatura, das Artes Plásticas e do intelectualismo brasileiro, redefiniram o cenário estético, promovendo uma efervescente vida cultural, tendo centro difusor a São Paulo da década de 20. Em 2022, o Modernismo completou 100 anos com muito vigor e força, sendo objeto de análise e releituras como é o caso do projeto, contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura, Revisitando a Semana de 22.
O projeto envolve professores e artistas de Bento Gonçalves, renomados nas áreas de literatura, música, dança e artes visuais, vão propor reflexões sobre a importância cultural e histórica da Semana da Arte Moderna de 1922, ressaltando o legado do evento para o Brasil, 100 anos depois.
Daize Correa Figueredo, Douglas Ceccagno, Eunice Pigozzo, Rafael Rigo Vignatti, Bernardo Duarte, New Guss e Pedro Festa, formam a equipe principal desse projeto, que será marcado por quatro eventos performáticos sobre a Semana de 22, com palestras, workshops, apresentações de Hip Hop e exibição de vídeos.
Os encontros temáticos vão acontecer na Escola Municipal de Ensino Médio Alfredo Aveline, na Escola Estadual de Ensino Médio Dona Isabel, no IFRS e no espaço Teia Cultural, a partir de junho deste ano, em datas a serem definidas. Essas performances serão antecedidas, no mês de maio, em datas a serem definidas, por mediações culturais com os professores dos educandários abrangidos pelo projeto. Ao final das mediações, as escolas receberão exemplares dos livros Modernismos 1922-2022, organizado por Gênese Andrade, com consultoria de Jorge Schwartz e Nossa Casa –Cypher Vico, de Bruna Ferreira.
A proponente do projeto Eunice Pigozzo traz uma convergência cultural entre o Modernismo e o Hip-Hop e como esses dois movimentos vão dialogar. “A Semana de Arte Moderna de 1922, considerada a primeira manifestação pública de arte brasileira, buscava liberdade estética, apresentando propostas inovadoras, novas linguagens e diferentes materiais. Nesta perspectiva, o Projeto Revisitando a Semana de 22 foi pensado para provocar reflexões sobre o que hoje seria considerado inovador, o que ainda causa algum incômodo ou desconforto no âmbito da arte, em nosso país, estado e cidade, a exemplo do que ocorreu em 1922?”, explica.
Modernismo e Hip Hop. Dois pontos de partida para uma jornada de reflexões e debates, de visibilidade e de livre pensamentos. Os movimentos artísticos nos remetem ao que está acontecendo dentro da sociedade e de suas realidades, de seus anseios e desejos. É um processo contínuo, muitas vezes carregado de fortes tintas, expressando uma ode de vozes genuínas. Em breve, a programação será divulgada.