A Prefeitura de Farroupilha apresentou à comunidade a proposta de criação da Unidade de Conservação Ambiental. Na ocasião, foram expostos os estudos realizados pelo grupo técnico composto pelos servidores Tainara Chiele, Tarciana Maino, Nelson Gonçalves Jr. e Pablo Uez, que verificaram questões como o estado atual do espaço, fauna e flora existente, uso e impacto humano na região e a qualidade do ecossistema, além do projeto arquitetônico. A intenção é unir em uma área de 100 hectares, o Balneário Santa Rita, o Horto Municipal e do Jardim Botânico, formando assim a Unidade.
“A reserva será utilizada para o estudo da biodiversidade do ecossistema, não sendo mais explorado pelo setor. Vamos buscar recursos em programas em nível estadual e nacional para revitalizar e preservar esse local. Outros valores poderão vir da iniciativa privada, com a troca de índices construtivos do setor imobiliário ou outras parcerias, mas a área é pública e a responsabilidade da administração do espaço é totalmente da Prefeitura”, explicou o Prefeito Claiton Gonçalves.
Na apresentação, Luciano Weber Kops, Chefe da Divisão de Unidade de Conservação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura também esclareceu as dúvidas dos participantes.
O que é uma Unidade de Conservação?
A Unidade de Conservação tem o intuito de preservar ambientes de relevância natural e cultural de âmbito local, estadual e até nacional. Essas unidades são definidas como áreas que possuem características naturais relevantes e cujo ecossistema necessita de proteção e conservação. Atualmente o Brasil possui 728 unidades de conservação, sendo que existem diferentes tipos de unidades, cada uma recebendo classificação de acordo com suas características e objetivos a serem atingidos. Uma das funções primordiais de uma unidade de conservação é propiciar pesquisa e educação ambiental baseada na sua riqueza natural.
Balneário Santa Rita – História
Conforme os livros “Farroupilha, ex-colônia particular, Sertorina” de Alice Gasperin e “Farroupilha – História de uma cidade”, de Raul Tartarotti, antes da década de 30, o proprietário da área, Eduardo Azevedo, represou um pequeno arroio para instalar uma serraria, formando um lago artificial com o alastramento da água. Em 1935, o prefeito Dr. Armando Antonello, adquiriu uma área de 103,0 hectares do imóvel, a fim de construir uma barragem, para fornecimento de água à cidade que estava crescendo. Porém, o prefeito subsequente, Capitão Eudoro Lucas de Oliveira, não deu continuidade ao projeto.
Há registros de 1938 que indicam que o espaço era utilizado pela comunidade para momentos de lazer, banhos e pesca. Neste tempo, Administração Pública Municipal concedeu permissão à Equipe Grêmio Náutico Farroupilha para praticarem regatas no local.
Em 1959, a represa chegou a ser denominada, “Represa Dr. Armando Antonello”, mas o nome não prosperou. Entre os anos de 1964 e 1969, durante o mandato do Prefeito Arno Domingos Busetti, o primeiro açude artificial foi oficialmente reconhecido como Balneário e sua utilização permanecia para banhos.
Em 1978, quando o município já estava sob o comando do Prefeito Avelino Maggioni, criou-se então, um espaço de lazer e entretenimento, especialmente para os trabalhadores farroupilhenses. O Balneário Santa Rita, como passou a ser conhecido, alcançava uma área de oitenta hectares e o lago artificial possuía 87.000m² de área alagada.
Durante o mandato do prefeito Bolívar Antônio Pasqual, no ano de 2003, o Balneário Santa Rita foi revitalizado e passou a chamar-se Parque Santa Rita. Neste ano, a mesma administração concedeu um termo de permissão de uso de bem público, à Jean Pedro Guerra, que perdurou até 2019. Findo o prazo do referido termo, o Poder Público retoma agora a responsabilidade pelo espaço.
Fonte: Assessoria de Imprensa / Fotos: Rodrigo Martins / Divulgação