Foto: Divulgação
Maria de Fátima, 72 anos, sente diariamente a famosa “dor nas juntas”. O incômodo, tão comum entre pessoas da mesma faixa etária, a impede de realizar tarefas simples como caminhar ou pegar objetos no chão. Ela conta que teve que aprender a conviver com a dor. “Antes eu adorava caminhar, fazer minhas coisinhas sozinha, mas agora até para pegar um copo d’água é difícil. Não me cuidei enquanto era nova, agora tenho que aguentar isso”, lamenta.
Assim como Maria de Fátima, 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos sofrem com dores nas articulações, segundo estudo financiado pelo Ministério da Saúde e divulgado no ano passado. O mesmo estudo revelou que as mulheres são as mais atingidas pelo diagnóstico de artrite.
A médica reumatologista e professora Instituto de Educação Médica – IDOMED, Poliane Costa, explica que, com o envelhecimento da população, algumas alterações são esperadas nas articulações. “A nossa cartilagem, que fica dentro da articulação, vai afinando com o passar dos anos. Também ocorre um desequilíbrio dos componentes dessa cartilagem. Isso, associado a outros fatores de risco, como a obesidade, entre outros, pode levar a uma osteoartrite, conhecida popularmente como artrose, que é uma das doenças articulares mais comuns no nosso dia a dia”, conta ela.
Ainda segundo a professora do IDOMED, a artrose é apenas uma das doenças que acometem as articulações com o passar dos anos. A perda de densidade óssea, que torna os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas, é outro problema comum. “Outro fator que acontece com o envelhecimento é que perdemos a densidade óssea, ou seja, o osso fica mais frágil, mais poroso e mais suscetível a fraturas. As mais comuns são as fraturas vertebral, de fêmur ou do rádio. Além disso, com o passar do tempo, com a idade, a gente perde força e massa muscular, e isso também sobrecarrega a articulação”, explica a médica.
A PREVENÇÃO COMEÇA MUITO, MUITO ANTES!
Para prevenir e aliviar as dores nas articulações, a reumatologista destaca a importância de hábitos saudáveis desde a juventude. “Na juventude, devem ser realizadas algumas medidas, como cessar o tabagismo, evitar o excesso de bebida alcoólica, adotar uma dieta saudável e equilibrada, praticar exercícios físicos e controlar o peso. Tudo isso você pode fazer durante a juventude para evitar algumas das doenças mais comuns da velhice”, afirma a especialista.
Mas o que fazer quando a dor já faz parte da rotina? A médica explica: “Se você já tem a doença instalada, a gente pode usar alguns anti-inflamatórios tópicos, orais, fisioterapia, algumas aplicações de corticoide, o ácido hialurônico e o exercício físico, que também serve para a prevenção e para o tratamento das doenças. Infelizmente não tem cura, mas é possível amenizar os incômodos”, finaliza.
É importante ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz. “Ao perceber os primeiros sintomas, como dor, inchaço, rigidez e dificuldade para realizar movimentos, é fundamental procurar um médico reumatologista”, comenta a professora.
E Dona Maria de Fátima? “Hoje eu já faço hidroginástica, caminho todo dia às 5h da manhã e como direitinho. Ainda sinto dores, mas bem menos. Se eu soubesse, tinha começado mais cedo”.
No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre as consequências das cáries em adultos.…
Hoje é o Dia do Descobrimento do BrasilO santo do dia é Santa Maria. A…
Bento Gonçalves será palco de um momento histórico em 2025, quando Roberto Carlos se apresenta…
A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura…
Oficinas, espetáculos e encontros gratuitos ocorrem de 25 de abril a 4 de maio. A…
O papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, anunciou o Vaticano. O pontífice…