Ao falarmos de vinho, sempre vamos mencionar primeiramente as uvas mais conhecidas, certo? Porém, hoje vamos falar de uma uva ainda tímida, não só aqui no Brasil mas também no mundo todo, pouco cultivada ou comentada. A Petit Verdot. Cheia de personalidade ela ainda é pouco conhecida em muitos lugares e por poucas pessoas.

Antes de mais nada, sua pequena fama atual existe por ela ter dado origem aos famosos vinhos de Bordeaux na França (até o século XVIII ela era muito popular e utilizada, porém houve uma devastação da praga Phyloxera nos plantações e após isso, teve a reestruturação dos parreirais, onde a PV ficou em extinção), os quais são blends (mistura de uvas) e a PV faz participação em um pequeno percentual desses vinhos, dando mais corpo e intensidade de cor.

Origem: quase incerta com relação a região exata, mas é muito encontrada em pequena proporção na região de Bordeaux, ou seja é de origem francesa, talvez do Sul da França. A tradução da palavra Petit é pequeno, e Verdot significa verde, ou seja, pequeno verde (além disso é uma uva de maturação tardia devido a casca ser mais grossa, então as vezes na colheita temos bagos que permanecem verde, enquanto outros bem maduros).

Ressurgimento da PV: houve uma grande esperança, quando na década de 70 os americanos resolveram apostar nesta uva, e deu certo, grandes rótulos saíram dessa década e até hoje se cultiva PV no país, além é claro do Chile, Argentina e Austrália.

Estilo: Além de cor intensa, tem aromas florais e de frutas negras maduras, geralmente. No paladar é encorpado, dá destaque para os taninos, e também complexidade. São vinhos mais robustos e marcante, caso prefira vinhos mais delicados, não vá de Petit Verdot hehe falando de forma geral.

Quando jovem o vinho traz notas de banana e madeira. Quando maduro já apresenta toques animais. É um vinho que possui uma certa rusticidade.

Atualmente, onde encontramos? Diversos produtores estão resgatando a uva que pouco é cultivada, e estão apostando em rótulos até mesmo Varietal (100% da uva ou com um mínimo de participação).

  • Bordeaux na França
    Califórnia nos EUA (também no Arizona, Texas e Virginia)
    Austrália (maior plantio)
    Portugal e Espanha possuem um certo plantio e utilizam a casta em varietal ou blend.
    Também no Chile, Uruguai e África do Sul, e no Brasil temos alguns exemplares.

Harmonização: devido ao fato de ser um vinho mais robusto, ele pede um prato com boa estrutura de corpo e condimentos (proteínas), neste caso carnes grelhadas, e intensas ficarão bem com PV. Se for queijos também pode ser um queijo curado/envelhecido do estilo Grana Padano ou Pecorino. Mas com risotos também dá certo e até mesmo massas, desde que o molho seja de Cogumelos Shitake ou até Cogumelo Portobello, ou molhos com frutas secas com nozes.

Fonte: Leouve / Foto: Reprodução Internet