Negócios e Mercado

Aos 105 anos, dirigentes do CIC-BG admitem rever posições políticas

O evento de celebração dos 105 anos do Centro a indústria e Comércio de Bento Gonçalves revelou-se uma agradável surpresa pelo formato e adesão de 220 convidados para um café da manhã com talk-show em plena manhã e segunda-feira.

A conversa entre o presidente e ex-presidentes da entidade trouxe como principal novidade o que parece ser uma nova tendência sobre a abordagem de um tema que é uma espécie de tabu, já que a política partidária dentro da entidade é vedada pelo estatuto. Coube ao ex-presidente Jordano Zanesco dizer que talvez a entidade já não deva abrir suas portas a candidatos que não comunguem das mesmas ideologias da maioria do empresariado. Ele abriu a entidade em 2012 para os candidatos que concorriam à prefeitura e disse que hoje, provavelmente, não faria o mesmo. Imediatamente obteve a concordância de Elton Paulo Gialdi, que preside a entidade na atualidade e não negou que o alinhamento e a convergência com lideranças políticas é importante para o desenvolvimento de empresas e da sociedade. A conversa teve ainda a participação dos ex-presidentes Eurico Benedetti e Sergio Dalla Costa e foi mediada pelo jornalista do grupo RSCOM, Gerson Lenhard.

Na ocasião, Dalla Costa, que presidiu a entidade nos anos de 2004/05, manifestou sua crítica à falta de participação e comprometimento do empresariado para com suas entidades. “Se formos medir, no máximo 20 a 25% das pessoas realmente participam e se comprometem. Temos que reconhecer que muitas vezes nós mesmos aqui na entidade não reconhecemos o trabalho voluntário de nossas lideranças no estado”. Esta posição acabou referendada pelo empresário Ademar De Gásperi, vice-presidente da Fiergs há mais de 30 anos. Ele lembrou de lideranças do passado, como Renan Proença, que presidiu a própria Fiergs, de Paulo Caleffi e Antônio Cesa Longo, lideranças da atualidade.

O ex-presidente Eurico Benedetti manifestou ainda posição de acreditar no futuro do estado e do país, embora logo arrematasse com uma dúvida muito preocupante: quem vai arcar a dívida de quase 100 bilhões de reais do Rio Grande do Sul e a dívida interna de quase 4 trilhões da União? Por fim elogiou a iniciativa das empresas e entidades locais por manterem a Fundaparque. “Graças ao parque de exposições temos as feiras”, Segundo Dalla Costa é graças a feiras como FIMMA Brasil, Movelsul e ExpoBento que as entidades locais são saudáveis e se mantém ativas.

Fonte: Leouve / Foto: Divulgação / Exata Com

Sani Chiavenato

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