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Estresse, fast food e sedentarismo: A geração Z está envelhecendo mais rápido

 

Muitos TikTokers da Geração Z estão deixando seus seguidores perplexos ao revelarem suas idades, pois os internautas acusariam com cerca de 10 anos a mais do que realmente têm. Essa trend levantou uma questão pertinente: será que os membros da Geração Z estão envelhecendo mais rapidamente do que os millennials?

A Geração Z é composta por pessoas nascidas entre 1997 e 2012, enquanto os Millennials nasceram entre 1981 e 1996. Ou seja, existem algumas diferenças geracionais importantes a se considerar, especialmente em contato com as mídias e quanto a hábitos de vida.

Mesmo assim, o que poderia estar por trás das rugas, cabelos grisalhos e rostos prematuramente envelhecidos?

De acordo com especialistas, uma combinação de maus hábitos, como estresse excessivo, alto consumo de alimentos ultraprocessados e sedentarismo, é responsável por isso.

Especialista explica

Em uma entrevista ao tabloide britânico Daily Mail, Suzanne Ferree, médica sênior da Vine Medical Associates em Atlanta, reconheceu que o envelhecimento mais rápido da geração Z em comparação com os millennials não era algo que ela havia observado anteriormente, mas que agora “faz sentido”.

Segundo a médica, isso faria sentido porque a Geração Z cresceu com as mídias sociais como parte integrante de suas vidas, provavelmente desde uma idade muito jovem. Ainda, acrescenta que as comparações constantes podem gerar estresse prolongado.

Ferree também mencionou o alto consumo de cigarros eletrônicos entre os jovens, o que pode acelerar o envelhecimento da pele e de outras partes do corpo.

No que diz respeito ao estresse, estudos indicam que a idade biológica está relacionada ao estresse. A exposição ao estresse desencadeia inflamação e danos ao DNA das células, o que pode acelerar o processo de envelhecimento.

Estresse

Segundo ela, o cortisol é um dos fatores que estão envelhecendo a geração Z mais rapidamente. Esse é o hormônio liberado em resposta ao estresse no nosso corpo. Ele é conhecido como hormônio catabólico, o oposto dos hormônios anabólicos, como a testosterona, que promovem o crescimento e a construção.

O cortisol é catabólico, o que significa que causa a degradação de tecidos, como a pele, levando ao envelhecimento facial e à quebra do colágeno nessa região.

Além disso, contribui para a degradação de outros tecidos, como o cerebral e a mucosa intestinal, aumentando a inflamação. Também pode levar à ruptura do tecido pancreático, aumentando o risco de pancreatite ou diabetes, conforme alerta a médica.

Ainda, hábitos de saúde aparecem como possíveis vilões para esse fenômeno que vemos nas redes. Isso porque, na opinião da especialista, o sedentarismo é o ‘equivalente ao tabagismo’ nesta geração.

Ser sedentário é algo que acelera o envelhecimento precoce, pois durante o exercício, os músculos liberam mensageiros químicos benéficos que sinalizam ao corpo para se manter saudável.

Dessa forma, a médica informa que, se o usuário passa muito tempo em casa, jogando videogames ou sendo sedentário diante do computador, ele está privando seu corpo desses sinais rejuvenescedores.

Luz azul e telas

Ainda, Ferree ressalta que a intensa exposição à luz das telas impacta negativamente a qualidade do sono.

Isso porque a luz azul interfere na produção natural de melatonina e no funcionamento adequado da glândula pineal no cérebro, responsável pelo ritmo circadiano.

Assim, contribui significativamente para o envelhecimento. A falta de distinção clara entre o dia e a noite influencia o processo de envelhecimento ou o acelera.

Ainda, vale mencionar sobre a má qualidade dos alimentos, que também tem um papel importante na rapidez com que envelhecemos, conforme apontado por especialistas.

O alto consumo de fast foods e a baixa qualidade nutricional dos alimentos em geral, frequentemente carregados de aditivos químicos, pesticidas, entre outros, estão alterando a composição da flora intestinal e causando mais inflamação no organismo.

Desse modo, uma sequência de elementos influencia no processo do organismo, diminuindo sua velocidade e aumentando os sinais de envelhecimento precoce.

Geração Z é mais consciente

Por outro lado, é importante pontuar que a geração Z é a mais consciente na comparação, pois sabem sobre esses hábitos de saúde e falam sobre isso nas redes.

Ao contrário de outros grupos etários, os jovens divulgam informações com mais rapidez, e sabem sobre o que é preciso para se cuidar. Nunca se falou mais sobre saúde mental, física e emocional quanto nos últimos anos.

Contudo, as rotinas, hábitos e atividades inconscientes estão impactando mais que as discussões conscientes sobre esses vícios. Por isso, é fundamental unir ambos os cenários, para obter resultados satisfatórios e conservar o ritmo do organismo.

Veja também: Estudo brasileiro desvenda via molecular de controle do envelhecimento

Fonte: O Globo

cris.erbert

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