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Dia do Colono: produtores que transformam cada vindima em uma verdadeira celebração

O trabalho na terra foi, para os primeiros colonos da região, forma natural de subsistência que acabou por moldar toda uma tradição na Serra gaúcha. De uma inicial atividade de sustento, a fim de manterem suas famílias numa terra então praticamente desconhecida, até a transformação numa operação de retorno econômico, os colonos acabaram não apenas por lançar as bases da agricultura praticada na região, mas principalmente sacralizar uma identidade baseada na cultura da uva e do vinho.

Essa herança que hoje coloca a Serra no centro produtivo e tecnológico do vinho brasileiro é celebrada no dia 25 de julho de maneira especial. No Dia do Colono, ao menos por aqui, há uma grande certeza: não fosse por ele, organizações como a Cooperativa Vinícola Garibaldi não existiriam.

O trabalho do colono sedimenta, há 90 anos, a trajetória da cooperativa. E a cooperativa se retroalimenta disso para, justamente, devolver a ele na forma de valorização, com melhor remuneração, assessoramento produtivo e acesso à qualificação. Uma cultura que aposta no desenvolvimento das pessoas como garantia de fortalecimento de relações nas quais ambas as partes, cooperativa e colonos, ganham e crescem em conjunto, fortalecendo todo um ecossistema social e econômico.

O diretor-executivo da cooperativa, Alexandre Angonezi, diz que essa é uma visão estratégica da organização, pois o principal capital do negócio está centrado no ser humano. “Nós existimos porque juntamos pessoas em torno de um objetivo comum. Esse foi nosso início, com 73 produtores em 1931, e continua sendo o nosso propósito, levar as pessoas a um constante e sustentável crescimento”, aponta.

Hoje, a cooperativa é composta por 420 famílias de colonos, associados que, juntos, cultivam mais de 1 mil hectares de vinhedo e foram responsáveis, na última safra, por uma colheita superior a 30 milhões de quilos de uva.

Oscar Ló, presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, sabe que foram, são e serão os colonos os grandes donos desse negócio. E, por isso, é por eles o trabalho constante na casa para oferecer as condições ideais para que os colonos cultivem a uva da melhor forma e colham frutos cada vez mais vistosos. Reconversão de vinhedos, automação de processos e tecnologia para envase são alguns dos exemplos da atuação da vinícola, no campo e na cantina, para elaborar produtos com repetida qualidade apreciados em todo o mundo. “Tudo isso que fizemos, na verdade, é uma grande ode ao trabalho manual daqueles primeiros colonos que transformaram para sempre a paisagem, a cultura e a economia da Serra gaúcha. Hoje, temos a tecnologia a nosso favor, mas a essência continua sendo a mesma, o trabalho com a terra, o sustento através do solo que nossos colonos tanto sabem cuidar e utilizar”, diz Ló.

Fonte: Exata Comunicação e Eventos / Foto: Augusto Tomasi / Divulgação

Sani Chiavenato

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