Cultura

Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul reabre nesta sexta-feira

Após a conclusão da primeira etapa das obras de requalificação estrutural e museológica, o Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), instituição da Secretaria da Cultura (Sedac), reabre ao público nesta sexta-feira, dia 06 de dezembro. A solenidade será realizada em Taquara, com a presença do governador Eduardo Leite e da titular da Sedac, Beatriz Araujo, além de autoridades locais.

A reabertura do Marsul ocorre após investimentos de R$ 1,7 milhão realizados pelo programa Avançar na Cultura. As obras de requalificação incluíram reparos estruturais, modernização dos espaços e instalação de novos recursos técnicos para preservação do acervo.

Sobre o Museu
O Marsul, instituição da Secretaria do Estado da Cultura (Sedac), foi criado pelo Decreto Estadual 18 009/66, de 12 de agosto de 1966. Seu idealizador e fundador foi o professor da rede estadual de ensino, Eurico Theófilo Miller, que realizava pesquisas arqueológicas, desde a década de 1950, na região Nordeste do estado. A partir de 1965, Miller foi pesquisador participante do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa), cujo objetivo era mapear as populações pré-coloniais do País. Como instituição voltada para a pesquisa científica no campo da Arqueologia, o Marsul reuniu um vasto acervo e foi protagonista na profissionalização da Arqueologia e da Museologia no RS. Realiza atividades culturais e educativas, além de salvaguardar o acervo arqueológico reunido pelas pesquisas desde a década de 1960. É o único museu arqueológico estadual do País.

Inicialmente, esteve sediado na própria residência de Eurico Miller e, a seguir, durante doze anos, em prédios particulares cedidos para suas atividades. A partir de 1973, teve início a construção da sede própria em uma área de 5,6 hectares doados pelo município de Taquara (RS), com três edificações construídas com recursos próprios do Governo do Estado, que somam, cerca de, 2 mil m² de área, oficialmente inauguradas em 1977, tornando-se um dos poucos museus no Brasil a ter sua sede especialmente construída para atividades museológicas e o maior do País em área construída da sua tipologia.

Seu vasto e diversificado acervo é composto majoritariamente por coleções oriundas de pesquisas em sítios pré-coloniais, com datações de até 12 mil anos atrás. São artefatos de grupos caçadores-coletores ancestrais dos minuanos e charruas, de pescadores-coletores do litoral construtores dos sambaquis, de horticultores do planalto ancestrais dos Kaingang e de grupos agricultores das planícies, ancestrais dos atuais guaranis, dentre outros vestígios arqueológicos de grupos pré-coloniais da América do Sul.

O Marsul também abriga e recebe vestígios materiais das ocupações do período colonial, oriundos de pesquisas como o Projeto Arqueológico de Santo Antônio da Patrulha (Pasap), que entre as décadas de 1990 e 2000, identificou sítios relacionados com o início das ocupações lusitanas na região, ocorridas durante o século XVIII.

Patricia Larentis

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