A instituição por trás do Grammy anunciou, nesta sexta-feira, o seu primeiro grande passo com o objetivo de abordar a desigualdade de gênero na música, lançando um plano para ampliar as oportunidades para as produtoras e engenheiras. A iniciativa da Academia de Gravação pede que ao menos duas mulheres sejam sejam identificadas e, portanto, consideradas como parte do processo de seleção toda vez que um artista contratar uma equipe.

Conforme a instituição, “a indústria da música está em uma encruzilhada e o progresso não acontecerá por si só”. “Não existe uma varinha mágica para mudar um status quo que existe há séculos, mas vemos esta iniciativa como um passo importante”, afirmou Tina Tchen, presidente do grupo de trabalho para a inclusão e a diversidade da Academia.

Este grupo de trabalho foi criado no ano passado em resposta às críticas que apontavam que o Grammy é sempre demasiadamente branco e masculino. Somente 2% dos produtores de música e 3% dos engenheiros e mixers que trabalham na música popular são mulheres, de acordo com um estudo da Iniciativa de Inclusão Annenberg da USC.

Mais de 200 artistas, produtores e outros membros da indústria como Cardi B, 2 Chainz, Justin Bieber, Lady Gaga, Nicki Minaj, John Legend, Keith Urban e Pharrell Williams aderiram à nova iniciativa de inclusão, disse a Academia. O anúncio é feito a menos de duas semanas da edição deste ano do Grammy, que conta com a maior quantidade de mulheres indicadas no principal prêmio de música nos Estados Unidos.

Fonte: Correio do Povo Foto: Gabriel Bouys / Getty Images / AFP / CP