Música

Vocal Sem Batuta comemora 30 anos com espetáculo em Caxias do Sul

O grupo apresenta 12 canções que marcaram a cena musical brasileira, no dia 27 de abril

Formado a partir do desejo de um grupo de mulheres em desenvolver um trabalho só com vozes femininas e sem a tradicional “regência”, o Vocal Sem Batuta comemora trinta anos de existência em Caxias do Sul com um espetáculo musical no próximo domingo, dia 27 de abril.

Às 19h, as cortinas do Teatro Municipal Pedro Parenti, na Casa da Cultura, se abrirão para o show “Cantando eu mando a tristeza embora”. As sete cantoras que compõem o vocal, acompanhadas pela Banda Batuta, apresentarão ao público canções da MPB, dentre as quais aquelas que marcaram as apresentações do grupo caxiense ao longo dos anos, além de arranjos inéditos que compõem o novo repertório. O espetáculo tem financiamento do Financiarte, da Prefeitura de Caxias do Sul. Os ingressos estão à venda na bilheteria da Casa da Cultura.

Atualmente, integram o grupo as sopranos Marisa Schaefer, Maria Cleuza Gobetti e Franceli Zimmer (fonoaudióloga responsável pela preparação vocal); as mezzo-sopranos Cibele Tedesco (que exerce a função de direção musical desde 2005) e Tadiane Tronca; e as contraltos Jane Zanonato e Beatriz Rücker Saretta. A direção cênica e iluminação dos espetáculos estão sob a responsabilidade de Sigrid Nora, a oitava integrante do “Sem Batuta”.

Nos últimos anos, acompanham regularmente o vocal os músicos Luiz Ortiz (violão), Tiago Andreola (contrabaixo acústico e elétrico), Luiz Carlos Zeni Jr (sopros), Marcelo Poleze Silva (percussão) e Éder Bergozza (teclado). Juarez Barazetti executou alguns dos projetos de luz, sendo também, desde o início, o contador do grupo.

No repertório da apresentação comemorativa aos 30 anos do grupo, estão 12 canções que marcaram a cena musical brasileira nas últimas décadas. O espetáculo também contará com a participação especial de Giovani Monteiro, bailarino e professor de dança de salão.

Tadiane Tronca, uma das integrantes do grupo vocal desde a sua formação, lembra que grande parte dos arranjos foram feitos com exclusividade para a formação feminina do grupo e para o instrumental que acompanha, contemplando arranjadores locais e também de outros estados brasileiros.

“Desde o início, nós desenvolvemos um repertório voltado exclusivamente à música popular brasileira, e até os dias de hoje nos mantemos unidas, não apenas para difundir a riqueza e a excelência da MPB, mas por compartilharmos ideais e crenças em um tipo de sociedade onde a cultura é parte fundamental a ser incentivada”, expressa Tadiane.

UMA TRAJETÓRIA VOLTADA À MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

O Vocal Sem Batuta fez sua primeira apresentação pública em 25 de agosto de 1995, no Museu Municipal de Caxias do Sul. Foi formado a partir da intenção de um grupo de mulheres em desenvolver um trabalho voltado à música popular brasileira por reconhecerem tal produto como forte representante da identidade do país. Surgiu, assim, do desejo das cantoras fundadoras, que cantavam juntas num coral misto, de buscar um formato mais enxuto, só de vozes femininas e sem a tradicional “regência” que os coros exigem, direcionando sempre o repertório à MPB, desenvolvendo, inicialmente, um trabalho inspirado na trajetória de grupos como o Quarteto em Cy e o Trio Esperança.

Sempre que possível, o “Sem Batuta” atendeu aos interesses da cultura promovida pelos órgãos públicos. Apresentou-se ao longo de sua trajetória em importantes eventos organizados pelo poder público local, tais como “Semana de Caxias” e “Semana de Turismo”, assim como em Feiras do Livro da cidade e de fora dela; em diversas edições dos “Concertos ao Entardecer”; em edições do “Canta Caxias”; em escolas municipais; e principalmente no Programa de circulação de espetáculos do SESC Fecomércio ”Cultura Para Todos”, com cerca de 60 apresentações no referido Programa, predominantemente ocorridas em teatros nas diferentes cidades do RS.

A primeira apresentação para além dos limites do município ocorreu na cidade gaúcha de Imigrante, em 1997, com um quinteto de metais, ambos sob a coordenação do primeiro diretor musical do grupo, o músico e arranjador, Fernando Berti Rodrigues. Em sua trajetória cultural, destacam-se quatro espetáculos musicais: “Sem Batuta Paratodos”, “Nós, VOZ, Eles”, “Sala Brasil – Sambas e Bossas” e “Cantando eu mando a tristeza embora”, este último com estreia no dia 27 de abril, em comemoração aos 30 anos do grupo.

Além das tournés pelo estado, o Vocal Sem Batuta marcou presença em três edições dos Concertos ao Entardecer e, dentre as apresentações no Canta Caxias, participou da primeira edição deste relevante evento do canto coral regional, em 04 de junho de 1997, ocorrido dentro das festividades da Semana de Caxias, no Teatro Municipal Pedro Parenti (Casa da Cultura), e de diferentes edições do Aldeia SESC. Sempre atento às parcerias, em 27/10/2011, o VSB participou também do Concerto “Alma Brasileira”, a convite da Orquestra Municipal de Garibaldi, cantando com a Orquestra no Clube 31 de Outubro, daquele município.

Em 2015, comemorou seus 20 anos de existência apresentando-se no Teatro SESC, em Caxias e, voltando às suas origens, apresentou-se somente com o vocal, no “A Cappella RS”, realizado no Auditório do Instituto de Artes da UFRGS, em Porto Alegre, cantando ao lado de renomados grupos vocais do RS. Também marcou presença no “2º A Cappella RS, ocorrido no SESC de Caxias, em 2017. Em 2018, lançou seu primeiro CD, intitulado Sambas e Bossas, e financiado pelo Financiarte.

Devido à importância do seu trabalho e por seu estilo musical genuíno, o que é reconhecido pela comunidade em geral, no ano de 2020, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul concedeu ao Vocal Sem Batuta uma homenagem aos seus 25 anos de atuação. 

NOMES QUE JÁ FIZERAM PARTE DO VOCAL SEM BATUTA

Nestes 30 anos de existência, também fizeram parte do Vocal as cantoras Suzi Vargas, Janice Comper, Daniela Alessandrini e Luiza Virginia Caon, bem como a produtora executiva Maria Cecília Pozza.

A banda que acompanha as cantoras também contou com diferentes formações. Inicialmente, apenas com o músico Fernando Berti Rodrigues no violão, tendo sido este o primeiro “regente” e primeiro arranjador do grupo. Posteriormente também fez parte da banda Gilberto Salvagni nos teclados, violoncelo e saxofone, tendo sido um dos principais arranjadores do VSB.

Outros músicos também acompanharam o Vocal em determinados períodos: Rosa Amélia Alvarenga, Edmur Pereira, Amauri Maciel e Caio Busetti na percussão; Viviane Pasqual (flauta); Nino Henz (contrabaixo); Leonardo Ferrarini (teclado), Daniel Seimetz (teclado e acordeon). Os músicos Diego Biasibetti (violoncelo) e Gabriel Lopes (teclado) acompanharam o VSB em uma única apresentação cada, em substituição eventual aos músicos da banda.

FICHA TÉCNICA DO ESPETÁCULO 

Vocal

Maria Cleuza Gobetti, Marisa Schaefer e Franceli Zimmer (sopranos)

Cibele Tedesco e Tadiane Tronca (mezzo-sopranos)

Jane Zanonato e Beatriz Saretta (contraltos)

Músicos

Luiz Ortiz (violão) 

Tiago Andreola (contrabaixo acústico e elétrico) 

Éder Bergozza (teclado) 

Luiz Carlos Zeni Jr (sopros) 

Marcelo Poleze Silva (percussão) 

Direção musical: Cibele Tedesco

Preparação vocal: Franceli Zimmer

Direção cênica e iluminação: Sigrid Nora 

Operação de som: Kiko Duarte

Patricia Larentis

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