O universo enológico é recheado de mitos que, muitas vezes, afastam os consumidores de experiências que podem enriquecer o paladar – ou, ainda, os privam da oportunidade de conhecer e apreciar novas bebidas. Um deles envolve o vinho frisante. Muitos atribuem a essa bebida, cuja principal característica é ser levemente gaseificada, uma falsa imagem de baixa qualidade.

“Isso é um mito propagado por falta de conhecimento. A qualidade pode estar ou não presente em qualquer tipo de vinho. É necessário entender quais as características e que atributos devem ser avaliados em cada tipo de bebida para decretar o veredito sobre suas propriedades. Dizer que o vinho frisante tem menos qualidade não passa de mito e, portanto, é bom fugir desse estereótipo”, explica o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari.

Para obter qualquer tipo de vinho, o mosto (suco) da uva precisa ser fermentado. Nesse processo, os açúcares presentes na fruta são transformados em álcool e gás carbônico pela ação das leveduras. No caso de um vinho tranquilo, o gás carbônico é liberado do tanque, não permitindo sua incorporação ao vinho. Para se obter um vinho frisante é necessário incorporar gás carbônico neste vinho, seja por uma carbonatação artificial (processo permitido legalmente para esse produto porém proibido para os Espumantes) ou através de uma fermentação em tanque apropriado para isso, os autoclaves. Esse processo natural de incorporação de gás no vinho frisante é o que a Cooperativa Garibaldi utiliza em sua linha Relax, o que origina bolhas mais finas e maior intensidade aromática.

O processo lembra o que ocorre com o espumante, mas há grandes diferenças. A quantidade de bolinhas resultante desse processo é muito menor do que ocorre com o espumante, que passa por mais um processo de fermentação mais longo. Tecnicamente, significa que os vinhos frisantes têm entre 1,1 e 2 atmosferas de pressão na garrafa, bem abaixo das 5,5 – 6,0 atmosferas contidas nos espumantes. Com isso, o resultado é um vinho mais leve e jovem e tão refrescante quanto o espumante, porém com menor quantidade de borbulhas.

Outra característica dos frisantes é que eles geralmente são menos alcóolicos do que os espumantes, tornando-os ainda mais apropriados para o dia a dia e momentos de descontração.

Entre os frisantes produzidos no mundo, os mais notórios são os italianos Lambrusco, elaborados com pelo menos 85% dessa uva que também dá nome à bebida. Na Itália, há tanto o Lambrusco mais adocicado e popular quanto o de paladar seco e boa acidez.

O perfil jovial e descomplicado desse vinho instigou a Cooperativa Vinícola Garibaldi a revitalizar o seu frisante Relax, em 2020, atendendo a uma parcela de apreciadores de bebidas mais leves. Ótima bebida de entrada no universo dos vinhos por conta de seu paladar delicado e aromático, esse vinho pode ser consumido tanto em sua versão original quanto adicionado a drinks. A vinícola gaúcha disponibilizou no mercado duas versões do Relax, ambas doces. O Rosé Suave é um assemblage produzido com Merlot, Moscato Branco e Riesling Itálico, enquanto o Branco Demi-Sec recebe em sua composição as uvas Moscato Branco, Trebbiano e Riesling Itálico.

A aposta superou as expectativas. Entre setembro de 2020 e setembro de 2021 foram comercializadas 600 mil garrafas de Relax. E a nova coleção da bebida chegou neste ano para atender a essa demanda, colocando 1 milhão de garrafas no mercado. Na hora de provar uma bebida nova, dispa-se de preconceitos. Você pode ser surpreendido, como acontece quando você degusta o Relax Rosé, um vinho já eleito o melhor rosé do país na 9ª edição da Grande Prova Vinhos do Brasil.

Fonte: Exata Comunicação / Foto: Reprodução Internet