A Serra Gaúcha é um destino turístico consolidado no mercado, especialmente pelas belas paisagens, pelos atrativos culturais ligados às colonizações italiana e alemã e a farta gastronomia. Para fortalecer ainda mais esse destino, nacional e internacionalmente, torna-se importante integrar as cidades turísticas da região, ofertando novos roteiros de qualidade e desenvolvendo novas oportunidades para as comunidades locais.

Nesse contexto é que surgiu o “Caminhos de Caravaggio”, um projeto regional que visa aproximar duas tradicionais regiões turísticas do Rio Grande Sul – Uva e Vinho e Hortênsias – por meio da religiosidade. O roteiro liga os Santuários de Nossa Senhora de Caravaggio de Canela e de Farroupilha, por estradas nas zonas rural e urbana dos municípios de Farroupilha, Caxias do Sul, Nova Petrópolis, Gramado e Canela.

Um dos principais passos para a concretização do novo roteiro da serra gaúcha será dado no dia 10 de novembro, durante a 30ª Feira Internacional de Turismo (Festuris), em Gramado, quando as prefeituras das cidades envolvidas assinarão um termo de compromisso para criação de um consórcio. “Com isso, o Caminhos de Caravaggio ganhará uma personalidade jurídica. Como uma associação, poderemos captar recursos em Ministérios, fazer compras, investir recursos próprios, entre outras ações para desenvolver o roteiro em conjunto”, destaca o Secretário de Turismo e Cultura de Farroupilha, Francis Casali.

O “Caminhos de Caravaggio” tem aproximadamente 200 quilômetros, que podem ser feitos a pé ou de bicicleta, opções que permitem a contemplação das paisagens naturais, plantações, construções do século passado, igrejas e a visita a atrativos culturais que valorizam as conquistas dos imigrantes. “Eles deixaram um legado muito bonito, especialmente ligado aos aspectos do trabalho, da religiosidade e da fé. Pelo caminho é possível encontrar pequenos capiteis e outras expressões desse patrimônio, que enchem o caminho de beleza e paz”, destaca Casali.

Autoconhecimento, reflexão, espiritualidade, superação e determinação são palavras que descrevem o trajeto, já que os caminhantes devem fazer em torno de 28 quilômetros por dia até chegar ao destino, em Farroupilha. Para isso, questões como a instalação de pontos com estrutura de apoio ao turista e de descanso, hospedagem, ampliação da iluminação e sinalização já estão sendo estudadas entre o poder público e as comunidades locais.

“Já realizamos a caminhada técnica e apuramos as necessidades primordiais do caminho, especialmente ligadas à segurança e ao bem-estar do turista. Hoje já existem alguns pontos turísticos, hotéis e pousadas pelos caminhos, mas a ideia é ampliar as ofertas, com restaurantes, bares, locais diferenciados, comércios, entre outros, beneficiando também os moradores dessas estradas, que podem diversificar sua fonte de renda”, explica Casali. Para isso, cada cidade deverá realizar oficinas de turismo rural para a preparação da comunidade e empreendimentos presentes na rota. O projeto também conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS), Associação de Turismo da Serra Nordeste (Atuaserra) e Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (Segh).

Fonte: Assessoria de Imprensa / Foto: Adroir da Silva